Aranha Armadeira tome cuidado!
- Bruno Araujo
- 3 de jan. de 2016
- 2 min de leitura

Características
Originárias da região sul-americana, com um corpo de 3,5 cm a 5 cm e pernas de até 17 cm com as pernas estendidas (fêmea). São altamente agressivas e peçonhentas, pois produzem um veneno cujo componente neurotóxico é tão potente que apenas 0,006 mg é suficiente para matar um rato. Frequentemente entram em habitações humanas à procura de alimento, parceiros sexuais ou mesmo abrigo, escondendo-se em roupas e sapatos. Quando incomodadas, picam furiosamente diversas vezes, e centenas de acidentes envolvendo essas espécie são registrados anualmente: são responsáveis por aproximadamente 42% dos casos de picadas por aracnídeos notificados no Brasil.[carece de fontes?]
É considerada a aranha mais venenosa do mundo, segundo o Guiness Book, devido a potência do seu veneno de ação neurotóxico. No Brasil, é a segunda aranha que mais causa acidentes, perdendo apenas para a aranha-marrom, porém, ao contrário da Loxosceles, é extremamente agressiva, razão pela qual não se aconselha nem se permite sua criação em cativeiro.
Veneno
A peçonha da Phoneutria é composta por polipeptídeos, além de histamina e serotonina. Sua ação é neurotóxica e cardiotóxica.
A ação neurotóxica ocorre no SNC, mais precisamente nos canais de sódio, provocando despolarizações nas terminações nervosas, (sinapses) sensitivas e motoras, fibras musculares e no sistema nervoso autônomo, induzindo a liberação de neurotransmissores (principalmente a acetilcolina e catecolaminas.[1] ). A ação cardiotóxica interfere na atividade contrátil do músculo estriado cardíaco, ativação do sistema de calicreína tissular, ativação de fibras sensoriais e esvaziamento gástrico. A picada da Phoneutria é relativamente letal para ratos. Fontes confiáveis afirmam que mais de 7.000 casos autênticos de picadas em humanos foram registrados, com apenas cerca de 10 mortes conhecidas, e apenas cerca de 2% dos casos foram graves o suficiente para precisar de utilização de antiveneno.
Sintomatologia
Os pontos de inoculação sobre a pele são vistos acompanhados de inchaço, vermelhidão e sudorese local. A dor é queixa comum, pode ser local ou irradiada, tem intensidade variada e é acompanhada de parestesias (formigamento). Dependendo do estado da pessoa, além da dor, os sintomas mais comuns são taquicardia com alterações no eletrocardiograma, hipertensão arterial, sudorese com visão turva e vômitos ocasionais. O hemograma pode apresentar leucocitose com neutrofilia e hiperglicemia.
O quadro em crianças com menos de seis anos e idosos muito debilitados pode evoluir para edema pulmonar e choque representando um risco não desprezível de morte.
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